Seguindo as orientações do ortopedista de Curitiba, no dia o6 de maio de 2010 fomos consultar com o ortopedista de Santa Maria para avaliar a continuidade do uso do suspensório de Pavlik. Para nosso alívio e, principalmente, do Guilherme, recebemos a orientação de diminuir o uso do suspensório em 6 horas a cada duas semanas. Assim, poderíamos interromper o uso do suspensório em 6 semanas.
Durante o período em que o Guilherme usou o suspensório, fazíamos ultrassons mensais para avaliar a evolução do tratamento. No dia 14 de maio fizemos o quinto ultrassom para avaliar as medidas do teto ósseo (ângulo alfa) e do teto cartilaginoso (ângulo beta) do acetabulo do quadril. O ângulo alfa ficou em 61,4° para o quadril direito e em 59,4° para o quadril esquerdo, ficando próximos ao valor limite da faixa considerada normal (ângulo alfa maior que 60°). Em comparação com o primeiro ultrassom, realizado no dia 28 de dezembro de 2009, houve uma evolução em torno de 15° (de 45° para 60°). Já os ângulos beta ficaram em 58° para o quadril direito e 59,6° para o quadril esquerdo, próximos da faixa normal (menores que 55°). Novamente comparando com o primeiro ultrassom, houve uma significativa redução de aproximadamente 20° (de 80° para aproximadamente 60°).
Além dessas medidas, as conclusões dos exames mudaram de um "Quadril displásico tipo II-d" (primeiro ultrassom) para um "Quadril maduro tipo I-A".
O resultado final do tratamento nos deixou muito felizes, pois ao iniciarmos o tratamento não tínhamos certeza se o mesmo funcionaria, uma vez que o mesmo foi desenvolvido para crianças que possuem somente luxação de quadril. Na displasia diastrófica, a luxação ou a displasia de quadril é apenas uma das possíveis características apresentadas pela criança e faz parte de um quadro mais complexo. Os próprios ortopedistas tinham dúvidas em relação ao resultado do tratamento com o suspensório de Pavlik. Mas, mesmo não tendo certeza do resultado não tivemos dúvida em iniciar esse tratamento, pois queremos evitar qualquer tipo de intervenção cirúrgica no Guilherme.
Não podemos dizer que se trata de um tratamento fácil, pois requer muita disciplina (e muitas vezes sangue-frio) dos pais. Muitas vezes ficávamos tristes e preocupados, pois o suspensório limitava muito os movimentos do Guilherme. Era tão bom quando tirávamos o suspensório para darmos banho nele e então pegávamos ele no colo, brincávamos com ele... Talvez nós nos sentíamos mais livres que ele. Apesar de tudo, o Guilherme se comportou muito bem nesses, aproximadamente, 4 meses de tratamento. Mais uma vez ele nos deixou muito orgulhosos!!! Agora ele podia brincar com mais liberdade.